sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Borboleta significa transparência, mudança, liberdade e tudo se enquadra comigo, transparência afectiva que me provocou mudança, assim vou fugindo de tudo o que me magoa, com as minhas asas busco liberdade, aquela que me roubaram, aprisionando meu coração, em lugar desconhecido e obscuro, por mais que procure não consigo encontrar para preencher este vazio. Será que voltarei a sentir o seu bater?
Como uma borboleta vou sentir o vento passar pelo meu corpo, na esperança que este leve consigo todas as más recordações, toda a tristeza, toda a lágrima, aguardando por um dia de sol, onde vou pousar numa flor e sentir o seu calor novamente, vou sorrir, chorar e morrer, viverei como uma borboleta em busca do auge da felicidade, objectivo desta curta vida, estar outra vez em teus braços para poder adormecer.
Borboleta que voa e sua magia espalha, esta que me roubaram e consigo minha alma voou. Vento devolve-me todos os sentimentos, porque jamais deixarei de bater asas enquanto teu coração bater.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Antítese

É tudo inexplicável, tudo de bom e tudo de mau, antítese que magoa, tornando o presente a realidade e fazendo com que o passado pareça uma quimera. Tudo de bom repentinamente torna-se mau, todo sonho em instantes se torna o pior dos pesadelos, felicidade efémera, que nos deixa tristes.
Vamos vivendo assim num desencanto constante, onde a ventura aparece como umas férias desta rotina, tornando-se quase uma utópica. Hoje amas, ris, vives momentos perfeitos, amanha, continuas amando, mas choras, sentes um vazio, uma saudade intensa daquele beijo, daquele olhar. Desfazes-te, sentes-te só, morres por dentro, sorrindo sempre por fora. Vês aquela pessoa e pensas que és capaz, pobre ingénua criança, na realidade não és, e mais uma vez terás que interpretar o teu melhor papel e de cabeça erguida finges-te indiferente.
Passas os dias rodeada de pessoas, numa tentativa inútil de preencher o vazio que vai crescendo cada vez mais, por vezes pareces esquecer, mas basta uma palavra descuidada para caíres de novo no abismo que parece não ter fundo. Vais-te martirizando, tentando perceber qual foi a falha, onde ocorreu o erro, chegas à conclusão que o problema foi teu, não eras o suficiente, embora todos te tentem convencer do contrário, não vais mudar de ideias por isso, sentes que tudo te escapou por entre os dedos e tu ficas-te pávida a ver sem ter qualquer reacção. O que te resta é a memória da efémera felicidade que viveste, embora duvides que de facto tenha existido, pois o sonho virou pesadelo e é neste pesadelo que estamos destinados a viver, esperando sempre por umas novas férias.