Gosto...

Gosto das coisas mais insignificantes, dos gestos mais simples, das palavras mais descabidas, dos actos mais estranhos.Gosto do abraço do meu irmazinho e de quando ele me diz: - Mana queres vir ver televisao po pe de mim?Gosto dos olhos da minha irma e de como ela grita quando lhe fasso as subrancelhas.Gosto quando o meu mano emprestado grita: - Portaaaa Chaveeesssss e me da aquele abraço que quase me parte os ossos todos.Gosto do riso da suse, de cantar ao seu ouvido mesmo que mal, da forma como fica rabugenta quando eu a acordo e diz: - Oh Shanna so tu para me fazeres acordar cedo!Gosto das calinadas do inacio e de quando ele rir e faz barulhinhos. o homem até acha que tem puderes, o de atravessar vidros com os dedos!Gosto da Bananinha, do seu sorriso, de quando me ataca, gosto dela até quando descreve os tipos de gases na aula de psicologia.Gosto de ouvir a aless canta no balneario e logo em seguinda diz: - Tas parva ou que?Gosto do riso maquiavelico da minha joaninha, dos seus carinhos e de quando ela diz: - Quem e a princezinha da mama? Mas quem e a princezinha da mama?Gosto do Santos quando ele diz: eu amo você e em seguinda diz: essa posiçao e macha!Gosto da cor do joao deixa me mesmo feliz pois sinto-me mais morena e de quando ele me diz : -Gosto muito de ti, e em seguinda: -Po caralho mas e! Perfeitos nos :PGosto da Ana Sobrinho,mesmo quando ela diz tem cara de homem e de seguida diz: es espadaxuda oh shanna!:DGosto do tosco do Bruno principalmente quando ele diz: Gosto tanto de ti, e em seguida: Es um homem mesmo feio!Gosto do meu Marido, é impossivel nao gostar.Gosto do Moisés, digam o que disserem es ensessial, adoro quando dizes: - Oh neuza! Dá cá uma Beija!Gosto do Vicente, quando ele se arma em paizinho.Gosto da Vivi, mesmo quando ela diz que tem dois rabos e ri sozinha em autocarros alheios.Gosto do atarsadao do Marcelo, ele tem ataques de simpatia e diz: es das raparigas da turma que mais simpatizei, ate gosto dele quando ele canta o seguinte: Ai sou tao gostozo..--' coitado :pGosto dos elogios do elir: -Shanna cresces-te, e eu sei que e mentira.Gosto da boca desdentada do meu sobrinho e de quando ele me puxa os cabelos.Gosto de ir a rua com a ines e em seguida ir parar a baixa numa parada gay.
Gosto de todos os meus amigos, da forma como me apoiam e aturam as minhas neuras. Gosto de os ter perto de mimGosto de saber que posso sempre contar com eles.

Sonho

Tudo me pareceu perfeito, tão real, tão vivo, esse teu olhar, o sorriso, o contorno do teu rosto, posso dizer que por efémeros segundos senti o teu cheiro.
Perdi a razão de ser, fui invadida por um sentimento de felicidade que a muito desconhecia, quase não falamos, mas foi tudo tão natural.
Depois acordei, deparei-me com a realidade.
Afinal foi só um sonho.

Borboleta significa transparência, mudança, liberdade e tudo se enquadra comigo, transparência afectiva que me provocou mudança, assim vou fugindo de tudo o que me magoa, com as minhas asas busco liberdade, aquela que me roubaram, aprisionando meu coração, em lugar desconhecido e obscuro, por mais que procure não consigo encontrar para preencher este vazio. Será que voltarei a sentir o seu bater?
Como uma borboleta vou sentir o vento passar pelo meu corpo, na esperança que este leve consigo todas as más recordações, toda a tristeza, toda a lágrima, aguardando por um dia de sol, onde vou pousar numa flor e sentir o seu calor novamente, vou sorrir, chorar e morrer, viverei como uma borboleta em busca do auge da felicidade, objectivo desta curta vida, estar outra vez em teus braços para poder adormecer.
Borboleta que voa e sua magia espalha, esta que me roubaram e consigo minha alma voou. Vento devolve-me todos os sentimentos, porque jamais deixarei de bater asas enquanto teu coração bater.

Antítese

É tudo inexplicável, tudo de bom e tudo de mau, antítese que magoa, tornando o presente a realidade e fazendo com que o passado pareça uma quimera. Tudo de bom repentinamente torna-se mau, todo sonho em instantes se torna o pior dos pesadelos, felicidade efémera, que nos deixa tristes.
Vamos vivendo assim num desencanto constante, onde a ventura aparece como umas férias desta rotina, tornando-se quase uma utópica. Hoje amas, ris, vives momentos perfeitos, amanha, continuas amando, mas choras, sentes um vazio, uma saudade intensa daquele beijo, daquele olhar. Desfazes-te, sentes-te só, morres por dentro, sorrindo sempre por fora. Vês aquela pessoa e pensas que és capaz, pobre ingénua criança, na realidade não és, e mais uma vez terás que interpretar o teu melhor papel e de cabeça erguida finges-te indiferente.
Passas os dias rodeada de pessoas, numa tentativa inútil de preencher o vazio que vai crescendo cada vez mais, por vezes pareces esquecer, mas basta uma palavra descuidada para caíres de novo no abismo que parece não ter fundo. Vais-te martirizando, tentando perceber qual foi a falha, onde ocorreu o erro, chegas à conclusão que o problema foi teu, não eras o suficiente, embora todos te tentem convencer do contrário, não vais mudar de ideias por isso, sentes que tudo te escapou por entre os dedos e tu ficas-te pávida a ver sem ter qualquer reacção. O que te resta é a memória da efémera felicidade que viveste, embora duvides que de facto tenha existido, pois o sonho virou pesadelo e é neste pesadelo que estamos destinados a viver, esperando sempre por umas novas férias.